sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Som de guerra Vol. 1

O blog Freak professional - que andou sem atividades nos últimos tempos - volta a publicar impulsionado pelo apelo jornalístico e também pelo ímpeto que tem atrás dasquentuxas do momento. Tá todo mundo olhando para o Rio de Janeiro desde que o bicho começou a pegar geral (bróderr) nos últimos dias.
O FrPr entrou em contato com o Sd. Imperatriz, que gentilmente nos disse cinco de suas músicas favoritas para ouvir durante as ações que estão sendo realizadas na favela. "Quando a gente tá lá em cima, com a chapa quente e o cano do fuzil esquentando, a porra toda explode e você tem que tá escutando um lance brutal, saca, um lance que quando tu senta o dedo no gatilho é frenético (sic)." Pois é.
Olhando pra lata do Sd. Imperatriz já dá pra sacar que a playlist dele é roquenrou pau-ferro total. Dá uma olhada na lista abaixo comentada pela próprio soldado.

Segue abaixo a lista do TOP 5 que toca no iPod do Sd. Imperatriz




1. Rage Agains The Machine - Killing In The Name

"Não vou falar nada. Só dando tiro na cara de funkeiro usando chinelo de dedo ouvindo isso aqui pra sentir."


2. Pink Floyd - Interstellar Overdrive

"Sempre escuto essa no caveira subindo o morro. Naquele momento todo mundo se concentra pro trabalho que vai fazer. Essa é a minha prece, minha reza."





3. ZZ Top - Tush

"Mulheres gotosas, álcool, tiro pra cacete e cowboy. Sou eu bicho!"

4. T-Rex - Children Of The Revolution

"Marc Bolan não era bicha e escreveu esse petardo pensando em mim (risos)!"

5. Beastie Boys - Sabotage

"Som nervoso com um clipe nervoso e umas costeletas nervosas e fodas."




 "Ele não é mais macho que eu." - Stallone é invejoso




quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Anti-review opinativa do show do Paul McCartney no Hyde Park

 Esse foi o comentário que eu fiz sobre o show do Paul McCartney no dia 25 de junho no Hyde Park em Londres. Escrevi para um site de jornalismo, mas nunca enviei esse texto. Por conta de todo o furor existente com o show dele em Porto Alegre, posto aqui o texto que nunca fora publicado. Enjoy.




Desde que eu cheguei em Londres, em janeiro, já sabia que ia rolar o show do Paul McCartney. Claro que era fã, mas o preço salgado do ingresso me bloqueava um pouco. Fui empurrando a vontade com a barriga, adiando o destino iminente. Dois dias antes do show, no dia 25 de junho, sucumbi: paguei as 70 libras exigidas para poder presenciar o ex-Beatle no festival Hard Rock Calling, no lendário Hyde Park em Londres. Já nem dormi direito naquela noite. Quando chegou o domingo dia 27, dia do festival, uma temperatura altíssima tomava conta da cidade. Fato totalmente atípico para a capital inglesa famosa por suas neblinas e sol escasso. O show do Paul estava marcado pra começar as 19:30. Cheguei no Hyde Park às 13:30, 6 horas antes da apresentação. O festival por sí só já era muito bom, o line-up contava com shows de Elvis Costello e Crosby, Stills & Nash. Postei-me perto do palco e assisti a ambos os shows. Os dois estavam ótimos, mas falo deles em outra hora. O Paul viria logo após o CSN, que, quando acabou, gerou um estalo de expectativa na platéia (que já somava mais de algumas dezenas de milhar). Eis que então, às 19:35 e o sol nem havia dado sua trégua, surge um quarto da banda mais genial desde sempre: Sir Paul McCartney, com a benção da Rainha Elizabeth, vestindo um casado e calças pretas no cintilante palco do Hyde Park. Depois de um ligeiro "Hello Hyde Park, how're you doin'?", voam os acordes de Venus And Mars e Rockshow seguido de Jet da fase solo do Paul. Ainda não tinha caído ficha de estar ali vendo aquilo quando começou a introdução de All My Loving, a primeira de muitas dos Fab Four. Só com aqueles 20 minutos de show eu já podia ir pra casa. Mas ainda tinha bem mais. Depois de Letting Go, mais uma do Paul solo, surge Got To Get You Into My Life, do aclamadíssimo Revolver. Nesse momento deu pra notar um Paul meio rouco. Voz enfraquecida talvez pelo show da noite anterior, em Cardiff, no País de Gales. Depois desse som, a banda toca Highway, do recente projeto The Fireman, que mescla rock com batidas eletrônicas. Em seguida rola mais uma do Band On The Run, Let Me Roll Itcom uma baita supresa no final: o solo de Foxy Lady do Jimi Hendrix. Nesse mesmo momento, o ex-Beatle se aproxima do microfone e fala: "Eu tive a honra de dar um volta com o Jimi aqui por Londres nos anos 60. Jimi era um grande cara! Isso foi quando ele morou por aqui. Então esse som foi pra você Jimi!". Depois de mais uma sequência de Paul versão solo, rola o primeiro momento épico do show: The Long And Winding Road. Paul tocando piano e criando um momento de nostalgia em egente que, como eu, jamais viu os Beatles tocar ao vivo. Logo depois dessa, a declaração de amor enterna My Love, arranca mais umas lágrimas de quem assistia ao show. Com o final de My Love, Paul empunha a viola e manda Im Looking Trough You pra quebrar um pouco o gelo das baladas. Na sequência rola Two Of Us e o segundo momento épico da apresentação: Blackbird. Antes dessa canção, Paul se aproxima do microfone e fala sobre como a insatisfação dele com os direitos civis nos EUA culminaram para compôr essa música. Ao início da dedilhada no violão, o telão atrás do palco mostra vários galhos de uma árvore em preto e branco. A imagem fica lá, estagnada até o fim da música. Quando ela temrina, surge o Blackbird voando e 'waiting for his moment to be free' em uma das partes mais marcantes do show. Ele pára durantes várias vezes no concerto. Conversa, rí, faz piadas e todos conversam riem e fzem piadas hipnotizados pelo magnetismo do cantor. Vários graus de temperatura maltratam. Os ingleses nem lembram mais da eliminação na Copa do Mundo. Muitas canções se seguiram, como Dance Tonight e a clássica Eleanor Rigby, que deu mais uma das muitas injeções de nostalgia na platéia. Momentos inenarráveis e indiscrtíveis ainda mais por um projeto de jornalista falido como este que vos escreve. A décima nona música foi a inédita Ram On, tocada pela primeira vez em um show do Mestre Paul. Something, Back In USSR, Ob-La-Di Ob-La-Da.... Noite cheia! Se eu for descrever cada música (e eu descrevo ali embaixo), fico pra sempre aqui. Na hora de Live And Let Die, tema do James Bond, uma explosão no palco. Papel picado, barulho, calor, rock 'n roll. Outra explosão e mais tudo aquilo denovo. Termina aqui? Ainda não. Faltou Hey Jude né? Hino. Tudo termina com a mensagem que todo mundo levou junto consigo: "And in the end, the love you take is equal to the loe you make..." 
Não fui embora na hora. Fiquei mais uns minutos ali coluçando e recebendo por osmose mais um pouco de Paul. Foram 3h de show. Sorri e peguei o metrô. Foi o melhor dia da minha vida.


TRACKLIST COMENTADO DO SHOW

1. Venus and Mars / Rockshow
As duas primeiras faixas do quarto disco dos Wings 'Venus And Mars'. O álbum é de 1975 e continuou no embalo do sucesso do anterior 'Band On The Run'.

2. Jet
Lançada em 1973 com os Wings no discasso 'Band On The Run' e como single em 74.

3. All My Loving
Back in 1963, lá do 'With The Beatles', o primeiro clássico do quarteto de Liverpool tocado no show.

4. Letting Go
Mais uma dos Wings. A última faixa do Lado A do disco 'Venus And Mars'.

5. Got To Get You Into My Life
A segunda dos Beatles no setlist. Penúltima música do disco favorito de muita gente, o 'Revolver'.

6. Highway
Eis que surge a primeira do projeto The Fireman. Baita som do disco 'Electric Arguments' de 2008.

7. Let Me Roll It
Mais uma do 'Band On The Run', dessa vez a quinta faixa. Seria o John cantando?

8. The Long And Winding Road
Do disco 'Let It Be' gravado em 1968 e lançado em 70 e minha música favorita dos Beatles. Paul pula para o piano.

9. Nineteen Hundred and Eighty Five
Mais uma dos Wings mais uma do 'Band On Te Run'. Última faixa do Lado B.

10. Let ‘Em In
Faixa que abre o disco 'Wings At The Speed Of Sound' de 1976 dos Wings.

11. My Love

A declaração do Paul para Linda no disco 'Red Rose Speedway' dos Wings.

12. I’m Looking Though You

Do 'Rubber Soul' lá 1965. Paul larga o piano e empunha o violão novamente pra dar sequência no show.

13. Two Of Us
Mais uma do 'Let It Be' de 69.

14. Blackbird

Do 'White Album' lançado em 1968. Foi um dos momentos mais emocionantes do show, onde Paul declara que fez a música em um momento de insatisfação com os direitos civis nos Estados Unidos.

15. Here Today
Do disco solo do Paul 'Tug Of War'. Outro momento emocionante da apresentação, quando Paul diz que escreveu a canção logo após a morte do seu "dear friend John" como uma conversa que eles nunca tiveram.

16. Dance Tonight

Faixa de abertura do disco 'Memory Almost Full' de 2007. Fechou uma sequência de sons mais tristes no repertório.

17. Mrs Vandebilt
Outra faixa do clássico 'Band On The Run'.

18. Eleanor Rigby
Segunda faixa do 'Revolver' de 1966. Paul toca a música com um violão acompanhado apenas por seu tecladista.

19. Ram On
A grande surpresa no setlist do show. Música lançada no disco 'Ram' de 1971, o único disco creditado unicamente a Paul e Linda McCartney.

20. Something
Canção de George Harrison para o disco 'Abbey Road' de 1969. Momento mais emocionante do show, quando, após um discurso saudoso, imagens de George e dos Beatles aparecem no telão presente no palco.

21. Sing The Changes
Mais uma do The Fireman e do disco de 'Electric Arguments' de 2008.

22. Band On The Run
Faixa que abre o disco homônimo dos Wings.

23. Ob-La-Di, Ob-La-Da
Lá do 'White Album'. Música que inicia uma sequência de sons dos Beatles no show.

24. Back In The USSR
Mais uma do 'White Album'.

25. I’ve Got A Feeling
Música que abre o Lado B do disco 'Let It Be'.

26. Paperback Writer
Single lançado em 1966 pelo Beatles.

27. A Day In The Life / Give Peace A Chance
Um medley com duas músicas distintas uma da outra: A primeira do marco "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band', de 67, e a outra um single da carreira solo de John Lennon com a Plastic Yono Band de 1969.

28. Let It Be
Faixa que leva o nome do álbum de 69 dos Beatles.

29. Live And Let Die

Aqui aconteceu o ponto alto do show.É nesse som de 1973, composto para o 8º filme de James Bond, que acontece a explosão de fogos no palco e o show de fogos de artifício atrás do mesmo.

30. Hey Jude

Mais outro momento clássico nas turnês do Paul. Single de 1968.

Encore
31. Day Tripper

Single de 1965 no momento em que a banda retorna ao palco.

32. Lady Madonna

Mais um single, esse de 1968.

33. Get Back

Lembrando a clássica apresentação no topo da Apple em Londres.

Second Encore
34. Yesterday

Lançada em 1965 no disco 'Help!', Paul surge tocando no violão sem acompanhamento.

35. Helter Skelter

Mais uma do 'White Album' de 1968.

36. Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band / The End
Fechando o show com o tema do disco homônimo de 67 e a célebre frase em 'The End'.

domingo, 12 de setembro de 2010

Prá sentá e chorá

Domingo, chuva e eu tenho prova amanhã.
Não ando precisando de muito pra escrever sobre isso: As 5 Mais Pra Sentar e Chorar.
Claro que cada pessoa tem lá suas músicas favoritas, e coisas que remetem a outras coisas. Essas que selecionei aqui representam algo à mim mas com certeza vão te fazer chorar também, seu cagão! Lembrando que nenhuma música é superfície, e sim, atingem de uma maneira ou de outra. As músicas vão te fazer rir, ficar triste, te fazer lembrar, enfim, tudo que é externo nos faz efeito de alguma forma, seja leve ou intensa. Por isso, por esse lance de efeito ser tão variável e mutante, caso nao concorde com algo, comenta ali ou faz contato via twitter (@arthurgubert).

1. Chico Buarque - Olhos Nos Olhos
Essa é pesadíssima: "Olhos nos olhos quero ver oque você faz, ao sentir que sem você eu passo bem demais". Mentira, eu bebo e me destruo.

2. Beatles - The Long And Winding Road
Tudo por causa daquela estrada longa e tempestuosa que sempre te leva pra porta dele(a).

3. Janis Joplin - Cry baby
Essa já diz tudo: "Don't you know, honey, ain't nobody ever gonna love you the way I try to do", a mais pura verdade.

4. Radiohead - Fake Plastic Tree
Pra quando se chora de amor e não tem nenhuma bebida com álcool na geladeira.

5. Joanna Newsom - Emily
Surrealismo genial embalado com som de harpa.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Série: Os Maiores Comedores da Música Brasileira I

O Chico Buarque com certeza foi um grande sarrador da música nacional. Letras com aquele "eu" feminino, olhos verdes e bigodinho alimentavam a fama dele de bom partido. Além de bonito, Chico tinha uma mística ideológica e erudita. Nunca abriu mão dos ideais para construir uma imagem de famoso. Qual foi a última vez que tu viu ele em algum programa de televisão? Difícil...
Em 1953 ele foi convidado para lecionar na Universidade de Roma (!), aonde morou por algum tempo e voltou depois na época do exílio. Durante a década de 60 colecionou prêmios e participações nos conhecidos festivais de música da televisão da época. Trovou e ganhou a atriz Marieta Severo (Nenê d'A Grande Família) que era um mignon naquele tempo. Ainda nessa época Chico escrevia para um jornal carioca e dissecava toda sua criatividade em forma de crônica.
A menina moderna deve estar pensando: "Ah não ele era muito certinho!" Aí é que tu te engana querida. Além do tato com as fêmeas e da percepção amorosa aguçada, Chico era um porra-loca dos melhores. Antes dos 18 anos ele e um amigo roubaram um carro e saíram dando banda por São Paulo. Foram presos e apareceram no jornal Última Hora da capital paulista com venda nos olhos. Durante a ditadura teve muitos problemas com a polícia. Mudou-se de país, teve músicas censuradas e peças de teatro vetadas com todo o elenco tomando porrada. Sem falar nos tragos homéricos em 99% dos botecos de Copacabana, Ipanema, Lapa e qualquer lugar que tivesse um bar.
De qualquer forma o Chico Buarque foi sim um dos grandes comedores da música brasileira. Pede aí pra tua mãe ou praquela tia professora de português se elas nao acha o Chico um pedaço de mal caminho. Pra fechar, coloco aí embaixo algumas das músicas com mais sex-appeal do Chicão:

Olhos nos Olhos - 1976 
Ele já sacava o lance do contato visual muito antes de você sair olhando pras gurias na buatchi

Samba e Amor - 1969
O negócio era ficar a té tarde transando e tocando violão tá ligado playboy?!

Folhetim - 1978
Composição do Chico e interpretação da Gal. Quer coisa mais Don Juan que uma mulher cantando teu som?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Música que o Pastor não curte I

Esses dias viajando na internet em busca de músicas novas em discos velhos, me deparei com um negócio que me chamou a atenção. A capa, organizada como uma pintura à óleo em tons vermelhos com detalhes em branco, azul e tantas outras cores, parecia uma pintura sacra totalmente ao contrário. Era a capa do disco Thou Shall Boogie Forever, do grupo Sins Of Satan. Isso mesmo, Os Pecados do Diabo. Forte né? Se o nome e a capa são fodas, tem que ouvir o som. 
Pra dar um tapa na cara do quem gosta de funk e disco music, os cinco caras de Detroit têm uma pegada pesadíssima no que diz respeito ao groove e as linhas de baixo da música negra setentista. O disco de 1974 saiu pelo selo Buddah e não teve grande destaque fora do circuito de quem já conhecia as obscuras bandas de Detroit. Com exceção da quinta faixa, Dance And Free Your Mind, que foi tocada por algumas estações de rádio pequenas, o restante ficou mesmo para ser garimpado pelos apreciadores da boa black music. O grande responsável por trás do quinteto de Motor City é o produtor Jimmy Roach, que manja muito de funk e soul music de raíz.
O play tem oito músicas que não baixam a guarda desde o início, do jeito que o Diabo gosta. Começa com o medley We Are The Sins Of Satan e a sugestiva Devils Disco, a própria discoteca do capeta. Na sequência o groovezão com toques de sintetizador Your Love Is Like Candy: um refrão bem chiclete que precede muito oque se escutou na década de 80 em termos de música disco. A combinação de piano e instrumentos de sopro com um baixo alinhado e uma melodia "sexta-à-noite" formam a faixa três, How Would You Feel. Saindo de um clima sexy pra entrar no ato consumado com a quarta faixa: Sunshine Girl é a trepada depois da festa de sexta à noite. Sintetizador e uma percussão intimista com dedilhados leves no piano. Encaixa perfeitamente em qualquer cena de amor dos blaxploitations da época. O ritmo sobe com a faixa mais conhecida do álbum, Dance And Free Your Mind. Vocal suave do Lester Williams e sopros fortes pra incrementar a brincadeira. Depois de ouvir as primeiras cinco faixas já dá pra ter uma boa noção da qualidade com que o disco foi produzido, mas quando entra Rope-A-Dope com uma guitarrinha wah-wah na introdução, bongô e outra guitarra fuzz rasgadíssima, se sabe porque esse é o som do inferno. É o Diabo próprio tirando sarro enquanto as almas amaldiçoadas pagam o preço eterno por uma vida de pecados. A penúltima música, Autumn, baixa a bola e é quase um diálogo. Backing vocals masculinos mais ou menos afinados e toda a melosidade dos blacks da época. O disco se fecha com o funk-disco Heavy Traffic, que segue a linha do resto do disco e fecha com chave de honra. 
Thou Shall Boogie Forever é um êxito em termos de produção e elaboração de arranjos. Um pérola infernal que, felizmente, poucos conhecem. É o tipo de música que nem todos entenderiam. Som malvado do início ao fim. Vale mesmo o downloads.

 
"Foi ouvindo esse disco que resolvi filmar Rambo. Baixa ele aqui ó!"
- Sylvester Stallone 


sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Tonho Crocco e o Teto (nem tão) Solar de Londres

Na minha última semana em Londres fiquei sabendo que o Tonho Crocco tava por lá trabalhando. Desde o hiato em que a banda Ultramen entrou em 2008, Tonho tá criando e gravando e projetando bastante coisa nova. Primeiro ele foi ao Brooklyn, em NY, para preparar seu lançamento mais recente, o EP Teto Solar (SMD, Julho/2008). O disquinho reúne quatro músicas inéditas com direito a um remix no final. Todos os cinco sons refletem bem as influências do Tonho, desde Bebeto até Stevie Wonder e Raggamuffin(!!).
O EP foi só a azeitona, porque o prato principal tá pra sair do forno e já tem até nome definido: O Lado Brilhante da Lua, que vai ser masterizado nos estúdios da Abbey Road em London. Tonho chegou na capital inglesa em julho e fica até setembro. Nesse meio tempo ele tem colecionado gigs em bares e festas brasileiras conhecidas lá no velho continente. É aí que eu entro. Ví no twitter do Tonho que ele iria tocar no bar Barraco, em Kilburn, e entrei em contato com ele. Na noite do mesmo dia tive o prazer de ouvir o "British Tonho", que em nada difere do "Brooklyn Tonho" ou do "Porto Alegre Tonho", mas o grande lance é o ambiente e a vibe que rola. Naquela noite tinham duas menininhas que atentamente ouviam o som, sentadas na frente do Tonho. Hipnotizadas com a seleção finíssimas de músicas tupiniquim do ex-Ultramen.
Nós aqui do Brasil vamos esperando oque o homem nos prepara. Ouvindo o trabalho clássico do Tonho, já dá pra ter certeza que a sequência não vai ser fraca. Mas por enquanto deixemos o cara lá sob o teto nem tão solar de Londres.




"Sempre que eu escuto o som do Crocco, eu me sinto uma máquina!" - Stallone curte o som do Tonho Crocco

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Peter Pan V.I.P - O exclusivo show do Kula Shaker

Bom, sem nenhuma enrolação vou falar aqui dessa que foi a segunda mais imortante apresentação do primeiro semestre aqui em Londres: Kula Shaker. O primeiro grande show do ano foi o do Paul McCartney no festival Hard Rock Calling no final de junho e eu nem de longe quero comparar as duas, mas com o Kula Shaker foi diferente. Pois bem: no dia 28 de junho foram lançados vários formatos do Pilgrim's Progress, o último trabalho dos caras. Quem comprou a limitadíssima edição em vinil, faturou também um ingresso pra ver o show exclusivo de lançamento do disco. Foram feitos também outros sorteios para definir quem ia ver o Kula no dia 8 de julho, ou seja, somente 800 pessoas no planeta assistiram ao show de Crispan, Alonza, Paul e Harry na última quinta-feira.
O lance todo rolou na Relentless Garage, um lugar bem equipado com um palco do tamanho necessário para ver o frontman Crispian Mills com uma energia fora desse planeta (talvez fosse porque ele não estava nesse planeta naquele momento). O show começou às 9h da noite e se estendeu por uma hora e meia, tempo o bastante pra eles tocarem várias do Pilgrim's e os clássicos do grupo. Primeiro veio Sound Of Drums numa performance totalmente maluca e que ditou o tom da maior parte do show. Destaque para a queda de Crispian sobre a bateria do seu colega Paul Winterhart. Fazia muito calor naquele lugar. Mas nem o calor parou a intensidade com que veio Under The Hammer, um single lado b raríssimo. A terceira da noite foi Die For Love, que antecipou uma sequência do último álbum dos londrinos. Peter Pan R.I.P, Ophelia, Modern Blues, All Dressed Up e Cavalry já estavam na ponta da língua dos fãs hipnotizados pelo som. Em seguida High Inner Heaven, que pode ser encontrada na versão de luxo do lançamento de Pilgrim's Progress. Pra encerrar as músicas do disco teve Winters Call, minha favorita dentre todas. O êxtase veio a seguir: Tattva, Hush e Hey Dude cantadas com o coro da sortuda platéia. A Relentless Garage virou um forno aquecido a mais de 42º. Depois de Hey Dude, pausa. A banda sai do palco e apagam-se as luzes. Todo mundo sabe que a banda sempre volta, sempre tem o bis. É até ridículo ficar pedindo. Depois de 5 ou 6 minutos eles voltam e quebram tudo com Hossanah e - adivinha só - "Govinda jaya jaya...". No final ainda consegui fotografar o setlist da noite, que você pode ver no final da postagem. E eu ainda me pergunto: "Será que não daria pra comparar o show deles com o do Paul? Não... O do Paul não foi exclusivo!"






quinta-feira, 24 de junho de 2010

Ahhhh Linda

Hoje no voô que eu peguei de Frankfurt pra Londres tinha uma aeromoça inglesa chamada Linda. E ela era Linda mesmo. Morena com um penteado de aeromoça, olhos castanho-claro e atraentes e uma roupinha azul cor-do-céu.  Quando eu entrei no avião e ví a Linda recebendo as passagens, ví que além de de linda, ela tinha cara de braba. De toda a equipe de bordo, a Linda era a mais braba. Durante as instruções de segurança ela pediu silêncio aos passageiros. Eu nunca tinha visto isso! E a Linda ia e vinha e continuava com uma cara de braba. Irônicamente esse foi um dos voôs mais estranhos que eu já estive. Não sou de passar mal em viagem de avião, mas esse, com suas turbulências, me enjoou um puco. Inevitável não pensar que aquela porcaria pudesse cair. Mas era só olhar pra Linda que tudo se acalmava. Com toda sua brabeza, parecia que ela seria capaz de resolver qualquer problema que viesse a derrubar o avião. Parecia que ela pularia na asa e consertaria a turbina em pleno ar se fosse necessário. Parecia inclusive que não tinha piloto! Quando o avião pousou, dei tchau pra linda e ou vi um "Have a good day!" seguido de um sorriso padrão de aeromoças. 
Valeu Linda, tu é fera!
Aí algumas outras lindas da empresa que eu viajei, a Ryanair




"Não curto voar de avião." - Stallone não curte voar de avião

aeromoças - *****/2

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"Bloody hell mate, Stone's Exile on the fuckin' top!!"

É uma frase assim que tem passado na cabeça de vários ingleses desde a última semana, quando depois de 16 anos (a última vez foi em 1994 com Voodoo Lounge), os Rolling Stones voltaram ao topo do glorioso Top 40 britânico com o relançamento do classudíssimo Exile On Main Street, lá de 72. O grande lance da reedição são as 10 faixas que foram incluídas, tal como a inédita Plundered My Soul e versões alternativas pra clássicos como Lovin' Cup.   A nova versão vem em três formatos: CD normal com todas as 18 faixas originais, Cd duplo com as 10 faixas bônus e uma caixa de luxo com vinil, livro e um documentário em DVD além do documentário separado e por um preço bem camarada.

Acontece que para os ingleses, sobretudo para os londrinos, esse velho-novo lançamento dos Stones tem um gostinho especial. Foi aqui em Londres que eles fizeram os primeiros shows e molharam as primeiras calcinhas lá nos idos de 60. E esse lançamento causou um espécie de nostalgia nos fãs novos e velhos. Exemplo disso é a BBC, a principal cadeia de rádios da Inglaterra, tocar Rolling Stones todos os dias em suas principais emissoras, coisa que não acontecia há algum tempo. Desde a BBC Radio 2 e Radio 6 até as repetidoras no País de Gales e Escócia estão tocando as clássicas Tumblin Dice, Lovin' Cup e Have You Senn Your Mother Baby.

Hoje de tarde aproveitei pra dar uma bicada numa das inúmeras lojas de disco que tem por aqui. Cheguei no balcão e perguntei pro cara oque ele achava dos Stones estarem relançando o Exile e se ele curtia o disco. Ele deu um golé de chá e disse: "Mate, everybody just love how those old prick shake their butts. You gotta love them!". Imagina a felicidade desse cockney quando colocou denovo um Stones encabeçando a Top 40  na vitrine. Pois é.

Também tá n'Os Armênios

sexta-feira, 7 de maio de 2010

London@I'm an alligator!


I'm a mama-papa coming for you!
Cara aconteceu um lance muito doido essa semana comigo que eu tenho que relatar por aqui. Todo mundo sabe que Londres é famosa por juntar muita coisa boa do rock produzido desde 1960. Isso não é mais novidade. Isso tá calcado na estrutura da cidade. O que todo mundo sabe também é que determinados locais de Londres já foram usados como capa de diversos discos fodas da história da música. Vide "Animals" do Pink Floyd, "(What's The Story) Morning Glory?" do Oasis e claro, o classudíssimo "Abbey Road" dos Beatles para citar alguns. Pois bem, vamos aos fatos:

Estava eu caminhando pela Regent Street numa lazy thursday afternoon quando ví uma simpática e bem escondida ruela extremamente bem servida de restaurantes e bares na calçada. Como minha garganta clamava por uma cerveja gelada à temperatura ambiente, resolvi dar uma olhada. A "rua" não tem muito mais que 100 metros em toda a sua extensão. Escolhi um bar chamado Strawberry Moon e pedi um pint de Beck's. Já tinha bebido metade do copo quando sem nenhum motivo especial dou uma olhada ao redor dos prédios. Bem acima da minha cabeça a placa indicava o nome da rua, Heddon Street. Lí e fiquei pensando, "Heddon Street?". Em tempos de globalização, peguei o celular e procurei na internet pra me certificar. Sim, foi aqui mesmo que em 1972 o David Bowie tirava a foto que viria a ser a capa do seu mais célebre álbum: Ziggy Stardust And The Spiders From Mars. Por total força do acaso eu tava tomando cerveja a menos de 25 metros da onde o camaleão tirou a foto pra capa do disco. Um disco aliás, que figura entre meus Top 10 de todos os tempos. Feliz, parei em frente  porta Nº 23 e me senti estranhamente satisfeito. Fui-me embora pra casa.




Nº 23 na Heddon Street em 2010 e depois em 1972















segunda-feira, 3 de maio de 2010

London@London Music Stores

Aos que alimentam o consumismo musical like me, Londres é um paraíso em dois sentidos importantíssimos pra quem gosta de comprar música: tem TUDO oque você procura com um preço RIDICULAMENTE menor que o do Brasil. Gosta de black music dos filmes de blaxpoitation da década de 70? Tu encontra. Gosta de house music do início dos anos 90? Tu acha. Gosta de trilha sonora de desenho animado em fita cassete? Só tem aqui. Depois de um tempo caminhando pelas principais lojas de música você começa a sacar onde tem determinado tipo de som. Em Camden Town, tem tudo oque se pode imaginar de cd's e discos de trance, reggae, black music e muito punk rock. Claro que o rock é sempre presente já que isso daqui é a Inglaterra, mas pros bitolados que acham que aqui só tem rock, vocês tão completamente enganados. Agora se você rumar para o oeste da cidade, em Notting Hill, mais precisamente em um domingo na Portobello Road, garimpando bem nos sebos espalhados pelo bairro, dá pra encontrar maravilhas. Discos raros de bandas inglesas, gravações obscuras de grupos europeus, mixtapes de artistas underground de hip-hop, postêres, instrumentos musicais e muitas bugigangas. Com 50 libras tu compra uma bela quantidade de discos usados e um par de botas em algum brechó ali na volta. Agora, o lugar mais frequentado por gente com grana aficcionada por vinil é a Rough Trade, em Brick Lane. Cada coisa que não se imagina. Clássicos novinhos na capa ainda. Coletâneas raras e mais uma caralhada de coisa numa das ruas que ainda não foi totalmente descoberta pelos turistas. Vale uma visita com tempo.
Além de todos esses locais alternativos para comprar seu disquinho, tem também as sempre ótimos megastores. HMV mata a pau. Uma loja que engloba música, livros e tecnologia. Muita música eletrônica em cd e vinil. Muito cd de black, soul, funk. Rock em vinil e cd. Camiseta pros sobrinhos e livros sobre música que só se encontra aqui e por um bom preço. Hoje passei por lá e comprei dois vinis do Jay-Z. Paguei 10 libras pelos dois. Coisa fina. 

O Stallone anda sumido. Essa semana telefono pra ele voltar e nos brindar com seus comentários.

domingo, 2 de maio de 2010

London@London e o N7

Welly welly well...
Bueno, após algum tempo sem grandes idéias para novos posts resolvi mandar pro diabo o planejamento e escrever sobre coisas que rolam comigo por aqui, sem fazer relatos de viagem. Até porque uma ida até o Regent's Park já é uma baita viagem. Não de distância, mas sim nas sensações. E é aí que eu quero chegar: esse lugar inspira várias sensações malucas! Talvez eu não tenha me dado conta antes porque elas acontecem tão seguidamente que passam despercebidas.
 Que nem hoje, a poucas horas atrás. Estava eu pegando o bus N7 para voltar pra casa após uma sessão de Avatar e pizza na casa duns amigos. Man, as vezes não dá vontade de sair daqui! Sentar no segundo andar daqueles ônibus vermelhos e acompanhar a desertidão das ruas londrinas na madrugada é algo que só se faz quando se pega um night bus em Central London. Aquela Oxford Street que outrora tão cheia, só reúne os cacos que restaram das festas e dos pubs. Meninas de família expondo suas vergonhas em vestidos que a Rainha Elizabeth com certeza desaprovaria são uma visão normal. E gratuita! E isso se repete por quase todo o caminho, só mudam as figuras. Quando chega ali por Notting Hill começam a pintar uns rockers moderninhos. Cabelinho despenteado, calça apertadinha e jaquetinha de couro: Pete Doherty Generation. Gordas, negras, indianos, junkies... Se vê de tudo com o N7.
Mas também tem a parte romântica do percurso. Os bairros residencias, à noite, são bem bonitinhos. Luz nos postes, murinho de tijolo e nenhuma garagem em casa nenhuma. Quando começa isso eu sei que tô chegando perto aqui de casa. Aliás, hoje desci duas paradas depois da que eu estou acostumado, e vou fazer sempre isso porque é mais perto pra chegar no número 35 da Daffodil Street, meu muquifo.. Andar de madrugada é ótimo, mas até em Londres o olho é vivo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Oxford@England

Pois então...
Minha última voyage foi pra Oxford. A pequena - porém bonitinha - cidade universitária situada ao norte da capital inglesa que deixa no chinelo várias universidades brasileiras (sério???). Um dos erro mais comuns cometidos por turistas recém chegados a Oxford, é perguntar onde fica o campus da Universidade, já que ele simplesmente não existe! Na real a Oxford University é composta por cerca de 40 prédios espalhado pela cidade, tendo como mais famosos os de Magdalen, All Souls e Christchurch só pra citar alguns. Pra conhecer a cidade toda, você não precisa mais do que 5 horas caminhando, ou seja, se chegar lá pelas 9h da manhã, vai estar liberado e entediado ali pelas 2h da tarde. Oque pode vir a ser um saco já que não tem muito oque se fazer lá. Além dos cafés e de uma ótima livraria chamada Blackwell, não existem muitos lugares pra se matar o tempo. Aliás, livro é uma coisa de baixo custo em Oxford. Você vai encontrar livrarias com um acervo honesto e onde tudo custe não mais que £2, que seria menos de R$6!! Pra quem gosta de arte, arquitetura, essas coisas mais eruditas, a própria cidade com seus pubs e casas e prédios já é um prato cheio. Outra coisa, foram lá nos corredores de alguns dos prédios universitários de Oxford que foram rodadas todas as cenas do Harry Potter em Hogwarts! Claro que como eu nunca gostei do Harry Potter eu não fui atrás de tirar foto em nenhum desses lugares, mas fica a dica!Vale a pena dar um chego por lá num domingão de sol.
Cheers!


"Foi em Oxford que eu fiz meu curso e adquiri uma vasta experiência com expressões faciais!" - Silvester Stallone é um bom ator e aprova Oxford!

harry potter - *
coisas velhas - *****
festinhas universitárias com porres homéricos - *****

sexta-feira, 26 de março de 2010

Oslo@Norway

Oslo é a capital da Noruega e cidade mais cara do mundo. 
Qualquer texto sobre esse lugar tem que começar com essa frase que serve muito mais como aviso aos desavisados que quiserem ir pra lá. Prepare-se pra gastar R$30 num Big Mac, isso que McDonalds é a comida mais barata da europa. É mole? Com seus quase 600 mil habitantes, Oslo é organizada e moderna, com pouquíssimos carros na rua e muitas bicicletas e pessoas caminhando. Talvez a economia seja uma das barreiras pra manter imigrantes longe e não transformar Oslo em outra cidade európeia qualquer recheada de latinos, árabes e asiáticos. Outra barreira é a linguagem. Os caras falam a linguagem que os vikings usavam centenas de anos atrás e não querem mudar isso. Em contraponto, existe um número considerável de pedintes nas ruas, e 90% são não-europeus. Ainda que quase toda a população fale inglês, e que todas as informações tenham tradução para o idioma bretão, todos os produtos, pratos culinários, revistas, enfim, o usual é escrito em norueguês.
Outra coisa é o transporte. Se locomover em Oslo é tranquilo, sobretudo se você curtir caminhar. Não existem grandes lombas nem ruas mal iluminadas ou perigosas. Tudo é muito bem organizado e sinalizado. Agora quem não é muito fã das caminhadas e for ficar algum tempo em Oslo, deve comprar o Oslo Pass. Isso é um cartão que você compra para usar em um tempo pré-determinado - 24h, 48h ou 72h - e tem direito a usar todos os meios públicos de transporte dentro da cidade, seja ônibus, tram ou metrô. Como eu fiquei só dois dias lá não compensava comprar o Pass, por isso fiz tudinho a pé, com exceção do ônibus pra subir até a estação de ski. Mas isso eu conto outra hora...
Em termos de lugares pra visitar em Oslo, os principais são de graça e próximos uns dos outros. O Palácio Real, a Universidade de Oslo, a Fortaleza, o porto e o Vigeland Park valeram - e muito - o fôlego da caminhada.
O Palácio Real fica em uma posição privilegiada da cidade. Bem no centro no alto da avenida Karl com um bonita vista pro resto da cidade. Na frente do Palácio também dá pra ver a guarda real tomando conta de tudo, além de passear pelo parque que rodeia o palácio.
A Fortaleza Akershus fica na beirada do porto da cidade e é vista de longe assim que você se aproxima do mar. Ela foi construída em 1290 por algum rei cabeludo usando um capecete com chifres. É um lugar muito bonito com uma vista legal para toda a cidade, para as montanhas e para as tantas ilhas que circundam a capital norueguesa. Mais um ponto turístico obrigatório.

O Vigeland Park é uma praça de esculturas projetada pelo artistas plástico norueguês Gustav Vigeland lá pelos anos 30. O parque reúne 212 esculturas em bronze criadas por Vigeland. O grande atrativo é o teor erótico das peças. Nenhuma delas chega a ser sexual, mas a nudez está presente em todas as belas formas dispostas através das alamedas do parque. Muitas críticas sobre o trabalho do escultor surgiram através dos tempos. As "poses" demonstradas pelas peças em bronze envolvem desde homens e mulheres, até crianças e animais. O que realmente chama a atenção é o Monolito no ponto mais elevado da praça. Ele chama a atenção por ser literalmente uma coluna de 14m formada por um monte de homens pelados se apoiando uns nos outros. Isso mesmo. Claro que tudo tem um "quê" artistico e existe explicação para as esculturas que lá se encontram. Realmente o Vigeland Park merece a fama de ponto turístico mais visitado da Noruega. 

Esse foi o primeiro post sobre Oslo. AInda vou fazer mais um só sobre a estação de ski e a pista oficial das Olimpiadas de Inverno de 1962 que eu desci e me arrebentei todo. Pra fechar, ao lado a pilha de macho que fica no meio do Vigeland Park.


















"Fui pra Oslo também e conheci uma galera bem legal por lá que curte fazer exercícios. Tirei até uma foto com a rapaziada na frente do Monolito!" - Sylvester Stallone curte viajar e aprova Oslo!

sexta-feira, 19 de março de 2010

Bisarr Profesjonelle@Norway

O blog Bisarr Profesjonelle tá indo pra Oslo na Noruega nas próximas horas... Tudo oque der pra fazer com pouco (muito pouco) dinheiro vai ser relatado aqui. Turismo, música, gastronomia e oque for rolando vai ser postado aqui e no meu twitter no momento em que acontecer. Tudo fresquinho do jeito que europeu gosta.
Beijos, AG







"Bora curtir a neve meninada!" -Sylvester Stallone curte os vikings da Noruega!

sexta-feira, 12 de março de 2010

The British Library@London

Sobre hoje, quando eu (quase) conheci a British Library. 
Depois da chuva da manhã, e das nuvens do meio-dia, o sol apareceu por Londres. Na terra das incertezas climáticas, isso significa que não dá pra perder a chance de ir visitar alguma coisa. Mas ao invés de ir pra algum parque ou coisa que o valha, escolhi a British Library em King's Cross porque estava querendo dar um bico por lá havia tempo.
O lugar é o seguinte: um prédio grande em estilo industrial com uma torre bem simpática que você vê logo ao entrar pelo square que leva à entrada da biblioteca. Logo que se passa a porta giratória, como de praxe, você é revistado. Sua bolsa, pasta ou que for, vai ser aberta e examinada. Ah, e também é probido entrar com armas de fogo, como é frisado nos adesivos da porta. A recepção é repleta de ingleses mau-encarados como em qualquer biblioteca de desenho animado. O grande barato são as mesas com poltroninhas aconchegantes onde se pode conferir o acervo de graça e com climatização. Ali dentro tem também um café pro amantes da literatura e pros blasés que frequentam o lugar. Um parede alta de vidro - que ocupa três andares! - está forrada dos livros que faziam parte da coleção particular dos reis ingleses. You can see it but you cant touch it!
Agora o porque de eu quase ter conhecido a livraria. Adentrando pelos corredores de piso fofo do segundo andar, avistei a seção Humanities, ou Humanas. Um senhora gentilemte abriu a porta pra mim e eu vi corredores infinitos com estantes de livros e gabinetes com iluminação própria para estudo. Pô legal, parece filme! Foi quando me deparei com a tirana figura da bibliotecária, a qualme pediu se eu tinha um Reader Pass para poder ver os livros. É claro que eu não tinha. O lance funciona assim: Pra que você possa entrar nas seções, seja pra passear ou pra pesquisar sobre algo, você tem que ter o tal do Reader Pass. Para conseguir um desses, você tem que apresentar documento de identificação, comprovante de residência e deve também especificar oque vai ler, ou seja, "Quero ver o livro do Fulano, do Ciclano e do Beltrano. O nome dos livros são X, Y e Z. Vou chegar em tal horário e sair duas horas depois." Não querem o número da minha carteirinha de vacinação também?
Fiquei na vontade. Mas eu ainda volto lá com o cartão pra fuçar nas seções. Fica a dica!


ambiente *****
acervo *****
humor dos funcionários **
burocracia * 1/2



"Tem um espaço legal pra fazer uns exercícios bem na frente." - Sylvester Stallone não curte livros



domingo, 7 de março de 2010

Cavern Club@Liverpool

Liverpool é uma daquelas cidades inglesas vermelhas. Edifícios altos de tijolos vermelhos na beira do rio lembram uma cidade muito rica do pré-segunda guerra mundial. A cidade tem o título de capital européia da cultura com vários museus, bibliotecas e pubs em cada esquina das ruazinhas estreitas do centro. Essas ruazinhas também são cheias de ingleses bêbados, mas isso tem em qualquer canto.
Uma dessas ruazinhas, a Mathew Street, abriga o mais lendários dos bares de todos os tempos no mundo todo: o Cavern Club. O Cavern original foi demolido em 1973 e reconstruído poucos metros ao lado com os tijolos da prédio original. Do outro lado da rua existe o Cavern Pub, com uma estátua do John Lennon e os nomes dos artistas que já passaram por lá gravados na parede. Tem todos os grandes: de Bo Diddley até Elton John e Keith Richard. Para chegar na tal ruazinha é uma caminhada média do centro da cidade. Quando se vai chegando perto,os sinais são inconfundíveis, já que inúmeros pôsteres, estátuas e grafittis nas paredes fazem refêrencia aos Beatles.
A entrada do Cavern é modesta. Uma porta pequena sem muitos sinais de que aquele lugar foi palco de vários das maiores gigs que já rolaram na terra da rainha. Entrei pela porta e descei três andares por uma escada para chegar ao apertado clube caverna.  Não é muito espaçoso mas isso não tira a grandiosidade épica do lugar. Depois que se está lá dentro é outra dimensão. Quando eu cheguei tinha um cara tocando só sons classudos dos Beatles, Rod Stewart, Stones e vários outros fodões. 
Naquele dia tinha também uma guria fazendo sua festinha de aniversário por ali. Porra, fazer aniversário no Cavern Club! Anyway, tinha cerveja, (algumas) pessoas bonitas e música de muita qualidade. O ambiente então nem se comenta. Só pelo fato dos meus músicos favoritos terem passado por ali já vale a visita, que por sinal é DE GRAÇA!!!

ambiente *****
música *****
bebida *****
localização *****



"Lugar legal pra curtir uma queda de braço, tomar cerveja em temperatura ambiente e dançar com seus amiguinhos." - Sylvester Stallone aprova